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ZERI

Pesquisa e Iniciativas de Emissão Zero

Projetos inovadores com o objetivo de construir um modelo de produção que otimiza os recursos do planeta e atende às necessidades humanas.

O que fazemos?

Como fazemos?

A ZERI adota uma abordagem de trabalhar com diversos problemas simultaneamente, promovendo sinergias e perspectivas organizacionais inovadoras.

A Fundação ZERI Brasil (FZB), faz parte da Rede ZERI Mundial (RZM), com atuação e com projetos em todos os continentes.

O programa ZERI, acrônimo de Zero Emission Research & Initiatives, foi criado pelo empresário belga Gunter Pauli, na Universidade das Nações Unidas, UNU, em Tóquio, em 1994. A partir de 1997 foi constituída a Fundação ZERI Mundial e, em 1998, a Fundação ZERI Brasil. Uma das ações mais significativas para o reconhecimento das atividades da Rede ZERI foi a sua participação na Expo 2000, com a construção do pavilhão de Bambu para demonstrar as potencialidades do uso desta planta na construção civil.

Gunter Pauli foi reconhecido como líder mundial na implantação e suporte a projetos, bem como na educação visando ao desenvolvimento sustentável, sendo palestrante no lançamento da década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, pela Unesco, em Nova Iorque, em março de 2005.

A Rede ZERI tem se dedicado a desenvolver projetos concretos capazes de demonstrar a força e importância das propostas da Metodologia ZERI. Nos últimos anos passou a ter importância singular a ação de Educação para crianças e jovens como forma de prepará-las para entender e perceber os detalhes e sutilezas do pensamento sistêmico e a busca da sustentabilidade das atividades econômicas e de satisfação das necessidades humanas por comida, água, energia, moradia, vestuário, saúde, educação e trabalho.

Durante nosso processo organizacional desenvolvemos projetos em todo Brasil. Alguns específicos ao nosso país, como é a produção da Spirulina platensis, microorganismo de grande valor econômico e capaz de viabilizar, sistemicamente, a geração de empregos, a proteção ambiental e o desenvolvimento regional.

Outros projetos, alinhados com as iniciativas mundiais, são o uso do Bambu em toda a sua potencialidade, a implantação de Biossistemas Integrados, a utilização do cultivo de cogumelos como fonte de alimento e uso farmacêutico, o manejo da água e as publicações associadas ao projeto de Educação. E pertencer a Rede ZERI Mundial significa ter o suporte de pesquisadores em diversos países.

Historicamente, nosso primeiro projeto é de 1997. Ocorreu dentro do esforço do processo de reorganização econômica da Metade Sul do Rio Grande do Sul, em função do desequilíbrio que ocorre entre o desenvolvimento econômico desta região e as regiões centro e norte do estado. Nosso modelo para implantação foi o projeto Las Gaviotas, do Instituto Las Gaviotas, dirigido por Paolo Lugari, na Colômbia.

 

Foi proposto à comunidade do município de Santa Vitória do Palmar, com o apoio da prefeitura, a criação de uma iniciativa de pesquisa e implantação de soluções de produção sustentável no município tendo como base as linhas de pesquisa da Fundação ZERI e tendo como modelo, então, o projeto Las Gaviotas. O projeto local iniciou em setembro de 1997 e, permanece e evolui até hoje, com apoio e sustentação financeira de diferentes organizações, em especial da Fundação Banco do Brasil. Em janeiro de 1998 foi realizado um Seminário Regional onde foram estabelecidas prioridades e também as atividades que seriam desenvolvidas na região. O projeto envolve oferta de processos de aprendizagem sobre processos integrados de produção, a capacitação de produtores rurais, e a implantação de benfeitorias e utilização de áreas para estabelecimento de estudos de viabilidade das diferentes possibilidades. E entre as propostas, a busca de ativos ecológicos capazes de criar novas alternativas econômicas para a região é um dos eixos fundamentais da estratégia.

1997

Projeto Las Gaviotas do Instituto Las Gaviotas, dirigido por Paolo Lugari, na Colômbia.

1997 - 1998

Soluções de produção sustentável no município de Santa Vitória do Palmar.

Projetos ao longo do tempo

No ano de 1999 iniciou-se a montagem de uma rede de projetos e agentes ZERI, no estado do Paraná, constituindo, com o apoio do governo do estado, a Rede ZERI Paraná. Esta rede foi capaz, no período de dois anos, iniciar projetos em diversas cidades e, consolidar três principais.

O primeiro envolve processos de purificação de polisacarídeos, do tipo triterpenóides, que são nutracêuticos, ou seja, de uso medicinal. Com mercado mundial crescente, estas substâncias são extraídas dos cogumelos produzidos por comunidades rurais, com nutrientes obtidos a partir resíduos agrícolas.

Este projeto continua em execução, e tem potencialidade econômica interessante. A maturação é dependente de investimentos e da proteção aos direitos intelectuais dos processos. Este projeto está no limiar de sua viabilidade técnica plena, dependendo de profissionalização no que tange aos aspectos de negócio e de que não continue imerso num processo tímido no que tange aos investimentos financeiros.

O segundo referiu-se à separação biológica a quente dos componentes das embalagens longa vida, especificamente alumínio, papel e plástico. Esta tecnologia foi desenvolvida por empresa de pesquisa situada na Colômbia e que mantém parceria com o Instituto ZERI naquele país.

A unidade de processamento foi implantada em Curitiba e operou em testes. Hoje, no entanto, já existe a tecnologia a frio, bem mais vantajosa e que está disponível para investimento. O aproveitamento de embalagens longa vida, pela simples separação, já implica em vantagens não somente pela redução na utilização dos aterros, mas tem grandes potencialidades na construção da cadeia de valor em torno dos resíduos urbanos.

O terceiro projeto refere-se ao aproveitamento do esterco suíno para montagem e manutenção de um biossistema integrado. Com a utilização de um biodigestor de alta eficiência, como reator biológico, as bactérias são capazes de separar os componentes sólido e líquido do esterco, dar-lhes qualidade sanitária para uso como fertilizante e substrato orgânico para produção de algas, plantas aquáticas e peixes.

Este sistema já está implantado, e funcionando, em propriedades rurais, possuindo financiamento bancário disponível e, inclusive, é utilizado por empresas de beneficiamento de carnes e derivados. O projeto foi implantado inicialmente em Toledo e obteve premiação pelo programa Paraná Ambiental.

Estes projetos tiveram apoio fundamental do programa Paraná Tecnologia e suporte técnico do Instituto Paraná de Tecnologia, TECPAR, que mantiveram durante dois anos convênio específico com a Fundação ZERI Brasil.

1999

Montagem da Rede Zeri Paraná, com apoio do governo do estado. 

No ano de 2000 iniciou-se um programa de Alfabetização Ecológica na cidade de Curitiba, que continua evoluindo e se aperfeiçoando, dando até mesmo ênfase e auxiliando no crescimento do projeto Fábulas de Gunter, que será apresentado mais para frente nessa sessão. O programa de Alfabetização Ecológica foi uma iniciativa para educação infantil - foi premiado pela ONU e é um dos três projetos brasileiros escolhidos como referência.

Nesse mesmo ano, em parceria com o Instituto Tecnológico do Paraná, TECPAR, e sob a orientação do Engenheiro George Chan, pesquisador e consultor associado à Rede ZERI Mundial, foi possível implantar, na cidade de Toledo, Paraná, um biossistema que foi capaz de mostrar como funciona e os resultados obtidos com a abordagem de produção integrada e aproveitamento dos resíduos. Entre os técnicos responsáveis pelo projeto estava o pesquisador Anderson Sakuma que desde este esforço conjunto tornou-se consultor associado da FZB e atualmente é membro da Fundação ZERI Brasil. 

Nos últimos dois anos foi iniciado, pela liderança e empreendedorismo social de Anderson Sakuma, um projeto na região de Baraharas, no município de Garuva, estado de Santa Catarina, denominado Centro de Referência em Tecnologias Sustentáveis, CERTES, que é apoiado pela Fundação ZERI Brasil e que pretende tornar-se referência internacional no uso de soluções sustentáveis para comunidades rurais inspiradas nos Biossistemas Integrados, com o objetivo da satisfação das necessidades básicas das comunidades, avançando pelo aproveitamento dos ativos ecológicos locais e chegando até a implantação de atividades de alto valor agregado para geração de riqueza e renda para a comunidade local, por tudo isso fortalecendo a coesão social e emocional da comunidade bem como elevando os padrões de qualidade de vida e construção de perspectivas econômicas.

Dessa forma, durante os anos de 2022, 2023 e 2024 estão sendo aplicadas uma série de atividades com o objetivo de gerar conhecimento sobre o impacto dos microplásticos em área isolada de reservação natural de água e, ainda, a verificação da presença de microplásticos por meio de técnicas avançadas de detecção, localização e identificação de microplásticos.

Em 2001 lançou-se um projeto de geração de emprego e renda no estado de Alagoas, com apoio do SEBRAE local. Este projeto visou a criar um pólo de produção de artefatos e movelaria em bambu. Neste caso o bambu representa espécie exótica e sua utilização se deveu à emergência social criada pelo processo de reconversão agrícola da indústria de açúcar e álcool. Foram introduzidos três bambuzerias, e o projeto acabou premiado com menção honrosa da Câmara de Comércio Brasil Alemanha.

Ainda, um dos produtos, o cabide de bambu, recebeu em 2002 o prêmio Casa Cláudia de inovação em design. Este cabide é vendido nacionalmente por loja líder no setor de decoração.

Nos anos de 2004 e 2005, além de realizar as ações necessárias para manter os projetos em andamento, novas linhas foram adicionadas.

O projeto que a Fundação ZERI também deu especial atenção e continuidade, é a constituição de biorefinarias de águas com materiais dissolvidos, em especial as águas salobras.

A novidade principal em 2005 diz respeito a biofixação de CO2, projeto alinhado com as tendências mundiais de redução do impacto da emissão oriunda da queima de combustíveis fósseis. Este projeto é desenvolvido com apoio financeiro da Eletrobrás e avança na construção de uma referência mundial nos processos de biofixação de CO2 por microorganismos.

2000

Projeto Alfabetização Ecológica na cidade de Curitiba, premiado pela ONU.

2001

Projeto de geração de emprego e renda no estado de Alagoas, com apoio do SEBRAE local.

2005

Constituição de biorefinarias de águas com materiais dissolvidos. Biofixação de CO2.

Nossa história

Além disso, outro projeto importante no início dos anos 2000, foi a constituição de alternativas para a utilização das Fábulas de Gunter no contexto do sistema público de Educação Formal conforme a legislação e, mais recentemente, em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular, BNCC.

A grande experiência de utilização das Fábulas num sistema de ensino público ocorreu entre 2000 e 2004 na cidade de Curitiba dentro do programa de Alfabetização Ecológica promovido em parceria entre a Fundação ZERI, a Prefeitura de Curitiba e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Paraná.

 

No período entre 2013 e 2016 fez-se uma parceria com o IESDE, Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino, de Curitiba e que continuou com SAE Digital, também de Curitiba, onde as Fábulas foram distribuídas para uso em mais de 100 escolas privadas como material paradidático.

Essas estão, até os dias atuais (anos de 2023 e 2024), sendo estudadas e aplicadas por meio de uma sequência de atividades. Em razão do número de Fábulas, previstas em 365 no ano de 2023, é possível selecionar as mais adequadas a uma região ou tema de escolha pedagógica. Além disso, foi considerada um excelente recurso no uso em Família para discutir temas relevantes da economia e suas relações com a ecologia e o mundo onde as crianças desenvolvem suas capacidades de entendimento e convivência consigo mesmo e com os demais, num processo de educação socioemocional. 

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